sexta-feira, 19 de maio de 2017

CAMARÕES

Aspectos Físicos:

Localização




O país Camarões situa-se no ocidente da África central, que se estende desde o lago Chade, a norte, até à baía de Biafra (parte do golfo da Guiné), a sul. O terreno é variado, compreendendo uma planície costeira a sul, e uma outra planície a norte, um planalto na zona central, e uma zona montanhosa no centro-oeste: o maciço de Adamaoua.

Clima


Como o país está mais próximo da linha do equador, o clima dos Camarões é quente durante a totalidade do ano. O clima no país varia de acordo com a região: ao norte predomina o clima tropical seco; já na porção sul, o clima é equatorial.A variação da média das temperaturas ao ano vai de 21ºC e 28ºC, com exceção das montanhas,onde faz mais frio.As chuvas sofrem diminuição entre o sul e o norte,no litoral sofrem queda de mais de 800 metros ao ano, no planalto central,1500mm.


Relevo

 


A paisagem que se vê nos Camarões varia grandemente. O sul é composto de planícies  no litoral e de colinas revestidas sob cobertura parcial das florestas. Enquanto isso, define-se a região central como uma elevação planáltica com altitudes entre 800 e 1.500 metros. O planalto central é oferecedor de boas condições para a criação de gado. Mais na região setentrional ocorre o reaparecimento das planícies. Dessa vez as planícies declivam suavemente até a bacia do Iago Tchad Finalmente, no oeste ocorre a elevação de uma cadeia de montanhas sob domínio do monte Camarões (4.070m), o ponto mai alto do país.


Hidrografia


No sul, os rios principais são o Ntem, o Nyong, o Sanaga e o Wouri. Estas correntes vão para sudoeste ou oeste diretamente para o Golfo da Guiné. O Dja e o Kadéï drenam para sudeste para o rio Congo. No norte do país, o rio Bénoué corre para norte e oeste indo desaguar no Níger. o Logone corre para norte para o Lago Chade, que os Camarões partilham com os seus países vizinhos.Os dois rios mais importantes são Benue, tributário do Niger, e o Sanaga, que deságua no Atlântico.




Fauna e Flora



Existem distintos tipos em atenção à variedade de climas. O clima equatorial proporciona uma selva bastante cheia. No resto há savana arbórea e herbácea.No norte encontra-se um dos parques nacionais mais espetaculares da África, o Parque Nacional Waza, onde habita usam grande reserva de aves. Outros parques importantes são o de Bubadjidah, Benue Faro e Kamalue onde vivem elefantes, leões, panteras, hipopótamos, girafas, búfalos, antílopes.








Aspectos sociais:

Cultura


Camarões possui a riqueza de sua cultura por sua etnia diversificada com mais 230 grupos étnicos compostos por bantus, hamitas, semitas, semibantos e sudaneses, pigmeus, árabo-berberes, fulas e muitas outras. Essas etnias não falam a mesma língua, não partilham do mesmo patrimônio cultural de origem, nem são submetidos aos mesmos costumes. Cada uma das etnias tem seu modo de vida, seus hábitos de trabalho, suas características e suas dificuldades. No entanto, estas pessoas habitam um mesmo país e destilam pouco a pouco uma cultura nacional comum.


Bantusconstituem um grupo etnolinguístico localizado principalmente na África subsaariana e que engloba cerca de 400 subgrupos étnicos diferentes.Os bantus são originários dos Camarões e do sudeste da Nigéria. Por volta de 2000 a.C., começaram a expandir seu território na floresta equatorial da África central. Mais tarde, por volta do ano 1000, ocorreu uma segunda fase de expansão mais rápida, para o leste, e finalmente uma terceira fase, em direção ao sul do continente, quando os bantos se miscigenaram Os bantos se misturaram então aos grupos autóctones  e constituíram novas sociedades.



A sua cultura se traduz na arte de viver, nas tradições, no folclore e no artesanato de suas populações. Assim, Camarões representa uma África em miniatura e se apresenta como um ponto de cruzamento dos povos e de civilizações, uma extraordinária multiplicidade de população, trazendo cada uma delas as suas tradições, a sua arte a sua música. O “Ngondo" é uma festa ritual dos povos da costa, com uma mistura de magia, dança máscaras e corridas de piroga. Os funerais a oeste e a norte são um pretexto para grandes cerimônias muito coloridas, em honra dos defuntos.As fantasias no norte dão lugar a magníficas cavalgadas coloridas.


Povos Pigmeus:



Religião

Existem quatro sistemas religiosos importantes: Catolicismo, Protestantismo, Islamismo e o Animismo. O Cristianismo foi introduzido em Camarões no ano de 1843 pelo pastor Joseph Merrick da Jamaica Animismo 26% Islamismo 21,8% Dados de 1990: no país encontramos também o Budismo, o Batista, Igreja de Deus entre outras.A religião predominante é o cristianismo, praticado por cerca de dois terços da população, enquanto que o islão é um fé minoritária significativa, seguida por cerca de um quinto da população. Por sua vez, as religiões tradicionais também são praticadas por muitos. Os muçulmanos estão concentrados principalmente a norte do país, enquanto que os cristãos encontram-se principalmente nas regiões sul e ocidentais, embora se encontrem praticantes de ambas as religiões por todo o país. As grandes cidades albergam grupos significativos de ambas as fés. Os muçulmanos nos Camarões estão divididos em Sunitas, Xias, Ahmadis, Sufis e muçulmanos não denominados.As pessoas nas províncias norte e ocidentais são em grande parte protestantes, e nas regiões onde se fala francês são na sua maioria católicos. Os grupos étnicos do sul seguem essencialmente o cristianismo ou as crenças tradicionais animistas, ou uma combinação sincrética das duas. Há uma crença generalizada em bruxaria, que se encontra ilegalizada pelo governo. As suspeitas de bruxaria levam com frequência a atos de violência. Foi registado atividades do  grupo islâmico Jihadista Boko Haram no norte.


Músicas 

A música em suas variedades diferentes é popular em Camarões. Cada dia, as emissoras de rádio divulgam várias horas de programas musicais. Concertos de orquestra, música de câmara e jazz são apresentados a miúdo pela televisão. Nas grandes aglomerações urbanas, os bairros fervem de tanta animação e a música é ouvida em todos os cantos da rua. Nos bairros, os grupos de jovens artistas se reúnem nos cabarés, verdadeiros celeiros de criação, da mesma forma que os conservatórios, para tocar livremente peças de música de diferentes etnias: Makossa, Bikutsi, Assiko, Magambeu, Bend-Skin, etc. Daí surgiu músicos e grupos locais de fama internacional.Nos anos 60, Camarões experimentou uma cena rock, que acabou com a crise financeira que tomou o país e tornou complicada a manutenção das bandas por lá. O heavy metal foi a principal vertente do Rock no país representado pela banda Ngos’a Bedimo. O Makossa é o estilo de música mais popular iniciado nos anos 50, o Makossa reúne influências de jazz, música latina, highlife e Soukous (gênero musical forte no Congo) e artistas como Eboa Lotin, Misse Ngoh e Manu Dibango foram responsáveis pela popularização do ritmo.


Makossa:



Assiko:



Hino Nacional de Camarão:




Pintura e Escultura


Um grande número de habitantes de Camarões são pintores e escultores amadores. Outros são artistas profissionais que realizam este trabalho. As representações são os tradicionais temas da África: as magníficas paisagens do Camarão, sua fauna ou ainda cenas da vida rural, os trabalhos do campo, as festividades das aldeias, as cenas da vida cotidiana, e os quadros da natureza. Outras são interpretações abstratas.A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas, e expressa muita sensibilidade. As máscaras representam a figura humana e sua preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos. Uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na cultura africana, sendo usadas nos rituais e funerais. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são modeladas em segredo na selva.







Nos últimos anos os pintores mais conhecidos de Camarões foram: Spee, Augustin Mophu, Othéo, Isidore Zogo, René Tchébétchou, Kouam Tawadje.


Em escultura: Cécile Bindzi Mewdi, Gidéon Mpando, Ondigui Onana e Samuel-Honoré Benyam produzem criações de qualidade.



 Culinária 


A localização geográfica, a herança das inúmeras colonizações e a cultura local ajudaram a pautar a culinária da República de Camarões. Os portugueses chegaram ao país em 1472 e levaram com eles alimentos como pimenta, milho, mandioca e tomate. Em meados de 1800 vieram outros europeus. Os primeiros foram os ingleses, seguidos pelos franceses e, mais tarde, os alemães. Cada um deles se esforçou para impor sua cultura.A influência francesa, por exemplo, reflete-se na presença de alguns preparos como omeletes e pão francês. E apesar do impacto da história colonial, a limitação econômica, a localização geográfica (no coração da África) e a diversidade da natureza garantiram a sobrevivência de sabores tradicionais camaroneses.

Em geral, a dieta de Camarões é branda, pautada em alimentos ricos em amido, degustados com molhos quentes e picantes. Na lista de ingredientes constam itens bem familiares aos brasileiros, como mandioca, taioba, inhame, arroz, banana, batata, milho, feijão, amendoim e milho

Esses são alguns dos alimentos básicos que pautam a alimentação dos camaroneses e que podem variar de acordo com a região do país, dependendo do clima e da cultura local. Por exemplo, ao norte, são consumidos muito milho e amendoim. Já ao sul, são mais fortes as raízes como inhame e mandioca, bem como os plátanos (semelhantes às bananas). Aliás, fruta fresca é abundante em Camarões. Mangas, laranjas, bananas, mamões, abacaxis, cocos e limões são especialmente apreciadas e muitas vezes cozidas. Entre os legumes, destaque para o quiabo e a abóbora. Dos condimentos sempre há pimentas, cebolas e gengibres. Os peixes aparecem frescos e secos, bem como o camarão. As carnes podem ser incluídas no molho ou servidas em espetos assados.

O prato mais típico da gastronomia de Camarões é o ndolé, uma receita que pode ser feita com carne ou peixe. O prato é muito apimentado e acompanha amendoins. Outras receitas tradicionais são os cus-cus de milho com molho de peixe e a carne com cogumelos. Em Camarões também é possível comer pratos exóticos, como carne de crocodilo e porco espinho. A cozinha de Camarões também tem peixe defumado ao "gombo", frango com amendoins e carne bovina com nozes de palma.


Peixe defumado ao "gombo":

Cuscuz de milho ao molho de peixes:


Ndolé:

Preparação de Refeição de povos pigmeus:



Danças

As danças tradicionais são extremamente coreografadas e os homens e as mulheres estão separados, quando não estão proibidos de dançarem juntos. Os objetivos da danças vão desde o puro entretenimento até cerimônias religiosas.












Literatura e Cinema


Os temas da literatura e dos filmes camaroneses têm-se focado em temas europeus e africanos. Os escritores da época colonial como Louis-Marie Pouka e Sankie Maimo foram educados por sociedades missionárias europeias e defendiam a assimilação na cultura europeia como forma de levar os Camarões até ao Mundo Moderno. Após a Segunda Guerra Mundial, escritores como Mongo Beti e Ferdinand Oyono analisaram e criticaram o colonialismo e rejeitaram a assimilação.Pouco após a independência, realizadores como Jean-Paul Ngassa e Thérèse Sita-Bella exploraram temas semelhantes. Durante a década de 1960, Mongo Beti e outros escritores exploraram os pós-colonialismo, os problemas do desenvolvimento africano e a recuperação da identidade africana. Entretanto, nos meados de 1970, realizadores como Jean-Pierre Dikongué Pipa e Daniel Kamwa lidaram com os conflitos entre as sociedades coloniais e pós-coloniais. A literatura e o cinema durante as duas décadas seguintes concentraram-se principalmente em temas camaroneses.


Artesanato


As artes e o artesanato tradicionais são praticados por todo o país com propósitos comerciais, decorativos e religiosos.Os trabalhos em madeira e as esculturas são particularmente comuns. A grande qualidade do barro das terras altas do ocidente é perfeito para a cerâmica e olaria. Outros tipos de artesanato incluem a cestaria, o bronze, o trabalho em couro e os bordados. As habitações tradicionais usam materiais disponíveis e variam desde os abrigos temporários de madeira e folhas dos nómadas Mbororo às casas rectangulares feitas a partir de lama dos povos do sul.



O primeiro grupo de artesãos que vamos conhecer são os ferreiros que Zimmerman descreve em Os Extraordinários Fabricantes de Maroua. Eles derretem sucata de metal para fabricar itens utilitários que podem ser vendidos por menos do que a fração do preço que similares importados custam. Além de copiar peças, eles também modificam e melhoram os projetos, construindo até mesmo suas próprias ferramentas: observe, por exemplo, o fole feito com uma roda de bicicleta que aparece no início do primeiro de três vídeos.



Idiomas


Os idiomas europeus introduzidos durante o colonialismo criaram uma divisão linguística entre a população que vive nas regiões noroeste e sudoeste e os que falam francês. Tanto o inglês quanto o francês são línguas oficiais, embora o francês é de longe o idioma mais entendido (mais de 80% da população). O alemão, a língua original dos colonizadores, há muito que foi substituído pelo francês e inglês. O crioulo camaronês-inglês é a língua franca nos territórios de administração britânica. Desde a década de 1970 que nos centros urbanos, uma mistura de inglês, francês e crioulo tem ganho popularidade nos centros urbanos.


Aspectos econômicos:

 

Economia 


O PIB per-capita dos Camarões está estimado em $2.400 em 2013 (fonte CIA), um dos mais elevados da África sub-saariana. Os principais mercados de exportação incluem a França, a Itália, a Coréia do sul, Espanha e o Reino Unido. Os Camarões têm como objectivo tornarem-se um país emergente em 2035.

O país tem mostrado uma performance econômica forte, com o PIB a crescer numa média de 4% ao ano, em que a Maio de 2014 a taxa de crescimento anual estava estimada em 5,1%.Faz parte do Banco dos Estados da África Central (do qual é a economia dominante), da Comunidade Econômica dos Estados da África Central e da Organização para a Harmonização do Direito dos Negócios (OHADA). A moeda atual dos Camarões é o franco CFA.

Em 2011 a taxa de desemprego estava estimada em 3,8%. 

Desde o final da década de 1980, que os Camarões têm vindo a seguir programas do Banco Mundial e do Fundo Internacional Monetário de forma a reduzir a pobreza, privatizar a industria e aumentar o crescimento econômico. O governo tem vindo a tomar medidas de forma a encorajar o turismo.

Os recursos naturais dos Camarões são muito bons para a exploração agrícola e para a arboricultura. Estima-se que 70% da população agrícola, a maior parte da agricultura é feita a nível subsistência pelos agricultores locais com o uso de ferramentas simples. Vendem o produto remanescente e alguns mantêm campos separados para o uso comercial. Os centros urbanos estão particularmente dependentes da pequena agricultura para a sua alimentação. Os solos e o clima na costa encorajam extensivamente o cultivo comercial de bananas, coco, óleo de palma, borracha e chá. No interior, no Planalto dos Camarões Sul, as culturas incluem o café, o açúcar e o tabaco. O café é a maior fonte de rendimento nas terras altas ocidentais, e no norte, as condições naturais favorecem as culturas como o algodão, o amendoim e o arroz.

O gado é criado por todo o país. As pescas empregam 5.000 pessoas e providenciam mais de 100.000 toneladas de marisco todos os anos. A carne de animais selvagens, por muito tempo um alimento básico dos camaroneses rurais, é hoje uma iguaria nos centros urbanos. O comércio da caça selvagem já ultrapassou a desflorestação como a principal ameaça à vida selvagem nos Camarões.

A floresta tropical no sul tem grande reservas de madeira, sendo uma das grandes fontes de rendimento do governo, no entanto, esta industria é uma das menos reguladas nos Camarões.

Mais de 75% da indústria está localizada em Douala e Bonabéri. Os Camarões são ricos em recursos minerais, mas a sua mineração não é extensiva. A exploração do petróleo decaiu desde 1986, embora sendo ainda um sector forte, de tal forma que a queda dos preços tem um enorme impacto na economia do país. Os rápidos e as quedas de água obstruem os rios do sul, mas estes locais oferecem oportunidades  de desenvolvimento hidroelétrico e oferecem a maior parte da energia dos Camarões. O rio Sanaga tem a maior estação hidroelétrica do país, situada em Edéa. O resto da energia dos Camarões é proveniente de motores térmicos movidos a petróleo. A maior parte do país continua sem um fornecimento de energia adequado.

Dados importantes:

 Agricultura: cunhões (125 mil t), café (72 mil t), pluma de algodão (92 mil t), caroço de algodão (110 mil t), mandioca (1,5 milhão de t), milho (600 mil t), sorgo (450 mil t) 


Pecuária: equinos (51 mil), bovinos (4,9 milhões), suínos (1,4 milhão), ovinos (3,8 milhões), caprinos (3,8 milhões), aves (20 milhões) 


Pesca: 80 mil t 


Mineração: petróleo (33 milhões de barris), calcário (50 mil t) Reservas não exploradas de gás natural.

 

Indústria: madeireira, bebidas, alimentícia, extração de petróleo, carvão

 


Principais parceiros comerciais: França, Alemanha, Estados Unidos da América, Bélgica, Luxemburgo, Países Baixos, Itália, Espanha.


Moeda: Franco CFA.






Política

O Presidente dos Camarões tem poderes alargados e unilaterais para criar polícias, administrar agências governamentais, comandar as Forças Armadas, negociar e ratificar tratados e declarar estado de emergência. O presidente nomeia os oficiais governamentais de todos os níveis, desde o primeiro-ministro (considerado oficialmente o chefe do governo) até aos governadores de província e diretores de divisão. O presidente é selecionado através de votação todos os sete anos.

A constituição de 1996 estabelece uma segunda Câmara do Parlamento, os cem assentos do senado foram estabelecidos em Abril de 2013 e é dirigida por um presidente do senado, que é o sucessor constitucional em caso de vaga prematura da presidência. O governo reconhece a autoridade dos chefes tradicionais para governar a nível local para a resolução de disputas, desde que tais decisões não entrem em conflito com a legislação nacional.

O sistema legal dos Camarões está baseado na lei civil francesa com influência do direito comum. Embora o sistema judiciário seja nominalmente independente, está sob a autoridade do executivo do Ministro da Justiça.

O Presidente nomeia os juízes de todos os níveis,o sistema judicial está dividido em Tribunais, Tribunal de Recurso e Supremo Tribunal. A Assembleia Nacional elege os nove membros do Tribunal de Justiça Superior que julga os membros de cargos governativos quando são acusados de alta traição ou de prejudicarem a segurança nacional.


Os Camarões estão reconhecidos como um país onde a corrupção se encontra a todos os níveis do governo. Em 1997, os Camarões estabeleceram departamentos anti-corrupção em 29 ministérios, mas apenas 25% ficaram operacionais, e em 2012, a Transparência Internacional colocou o país no número 144 numa lista de 176 países, cuja classificação vai do menos ao mais corrupto.As organizações de direitos humanos acusam a polícia e as forças militares de maus tratos e até mesmo de torturarem suspeitos criminosos, minorias étnicas, homossexuais e ativistas políticos. As prisões estão sobrelotadas e com pouco acesso a uma alimentação adequada e a cuidados médicos, e as prisões geridas por governantes tradicionais no norte estão encarregues com a contenção  dos oponentes políticos a favor do governo. No entanto, a partir do século XXI, tem havido um aumento significativo do número de processos contra policiais por conduta imprópria.

Divisões Administrativas


A constituição divide os Camarões em dez regiões semi-autônomas, cada uma sob a administração de um Conselho Regional eleito. Um decreto presidencial de 12 de Novembro de 2008 fez a mudança de províncias para regiões. Cada região é liderada por um governador nomeado pelo presidente. Estes líderes estão encarregues com a implementação da vontade do presidente, relatando o estado geral e as condições da região, da administração dos serviços civis, com a manutenção da paz e com a supervisão das unidades administrativas mais pequenas.
Os governadores têm poderes alargados: podem ordenar propaganda na sua área e chamar o exército, forças de segurança e policiais. Todos os oficiais governamentais são funcionários do Ministério da Administração do Território, do qual os governadores locais também obtêm a maior parte do seu orçamento.As regiões estão divididas em 58 divisões. Estas são lideradas oficiais divisionais nomeados presidencialmente. Estas divisões são por sua vez divididas em sub-divisões, lideradas pelos oficiais assistentes divisionais. Os distritos, liderados por chefes distritais, são as unidades administrativas de menores dimensões.

Refugiados


Na medida em que os confrontos na República Centro-Africana (RCA) têm continuidade, milhares de refugiados chegaram a Camarões e agora sofrem com a falta de água limpa, abrigo e alimentos decentes, alerta a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF). É preciso que os atores humanitários se mobilizem rapidamente para oferecer assistência a esses refugiados.

Estima-se que 22 mil centro-africanos tenham fugido para Camarões desde o início do ano. Para esses civis, não houve alternativa que não deixar seu país. Em Garoua-Boulai, pequena cidade no leste de Camarões, milhares de pessoas estão vivendo debaixo de árvores e dependem exclusivamente da solidariedade da comunidade local dali para se alimentar e se vestir.

Em Garoua-Boulaï, a ajuda médica de emergência é oferecida em Pont-Bascule. MSF também está presente no hospital distrital e realiza 800 consultas médicas por semana. Uma em cada cinco crianças está desnutrida.

Além de oferecer cuidados médicos, MSF também construiu latrinas e chuveiros, providenciou acesso à água potável e distribuiu cobertores e sabonetes para 4 mil refugiados.

No campo transitório de Mborguéné, a cerca de 45 km de Garoua-Boulaï, um centro de saúde foi estruturado para atender às necessidades médicas de 10 mil refugiados.

Ao sul de Garoua-Boulaï, novos grupos de pessoas ainda cruzam as fronteiras a partir da RCA. A área remota onde estão instaladas ficará inacessível durante a estação chuvosa. A transferência de refugiados dessa zona para acampamentos que assegurem sua segurança e a oferta de assistência deve ser priorizada como próximo passo.



Qualidade de Vida


Camarões, assim como outras nações da África Subsaariana, apresenta vários problemas socioeconômicos. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de apenas 0,460; a esperança de vida ao nascer é de 50 anos. A subnutrição atinge 23% dos habitantes; a taxa de mortalidade infantil é uma das mais altas do mundo: 85 óbitos a cada mil nascidos vivos. O analfabetismo também apresenta índices elevados: 32%.

De acordo com a CIA, em 2010 estimava-se que a taxa de alfabetismo no país fosse de 71,3% (78,3 homens e 64,8 mulheres). A maior parte das crianças tem acesso a escola estatais que são mais baratas que as privadas e instalações religiosas. O sistema educacional é uma mistura de precedentes britânicos e franceses, em que a maior parte da instrução é dada em inglês ou francês. Os Camarões têm uma das taxas mais elevadas de frequência escolar da África. As moças vão à escola de forma menos regular que os rapazes devido às atitudes culturais, deveres domésticos, casamentos e gravidezes precoces, e ao assédio sexual. Embora as taxas de frequência sejam mais elevadas no sul, um número desproporcional de professores estão colocados nesta região, deixando as escolas do norte com falta de pessoal.A qualidade do sistema de saúde é na sua generalidade pobre. De acordo com a Organização Mundial de Saúde existe apenas um médico para cada 5.000 habitantes. Devido aos cortes orçamentais no sistema de saúde existem muito poucos profissionais. Os médicos e as enfermeiras, que foram treinados nos Camarões, emigraram porque no seu país o salário é baixo para muito trabalho. Ainda assim existem enfermeiras desempregadas, apesar da emergência da sua ajuda. Algumas até ajudam voluntariamente de forma a não perderem as suas aptidões. Fora das grandes cidades, as instalações são geralmente de higiene precária e com pouco equipamento. A expectativa de vida em 2012 estava estimada em 54,71 anos, uma das mais baixas do mundo. As doenças endêmicas incluem a febre de dengue, a filariose, a leishmaniose, a malária, a meningite, a esquistossomose e a doença do sono. A taxa da SIDA/HIV para a faixa etária entre os 15 e os 49 anos é de 5,4%, mas estes números têm de ter em conta o forte estigma que existe relativamente à doença e logo os registos sejam artificialmente baixos. Os curandeiros tradicionais continuam a ser uma alternativa popular relativamente à medicina ocidental.

Dados importantes:


Taxa média anual de crescimento populacional: 2,3%


População residente em área urbana: 57,6%.


População residente em área rural: 42,4%.


Esperança de vida ao nascer: 50 anos.


Domicílios com acesso a água potável: 70%.


Domicílios com acesso a rede sanitária: 51%.


Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,460.




Desigualdade social

Curiosidades

  • O verde significa esperança e representa as florestas do sul. O vermelho é símbolo de unidade, e o amarelo representa a luz do sol e prosperidade. Adotada em 1975, a bandeira tricolor tem uma estrela de cinco pontas no centro, chamada de "Estrela da Unidade".

  • Não existem emissoras de TV particulares no país. O governo controla acirradamente a mídia, limitando a liberdade de imprensa e de pensamento.
  • O país oferece uma das paisagens mais maravilhosos da África Negra. Além de ser um mosaico de cultura e etnias. O recorrido começa em Douala e Yaoundé, a capital do país; depois se passa ao Oeste e por último à zona Norte de Camarão.
  • A liberdade de expressão é bastante restrita em Camarões. O governo exerce controle acirrado sobre a mídia local. Não há emissoras privadas de televisão. Leis contra a publicação de notícias incorretas são usadas para restringir a atividade da imprensa. Jornalistas são presos por infringir a legislação.
  • Tradição: 


  • Kribi: praias de areias brancas são o melhor atrativo dessa região. Nas proximidades, alguns vilarejos próximos, como Eboundja e Londji, oferecem frutos do mar da melhor qualidade além do contato com a população pesqueira local.


  • Parque Nacional de Waza: tem as melhores infra-estruturas e é o parque mais visitado de Camarões. As suas planícies permitem avistar facilmente as várias espécies animais que nele vivem, sendo que a espécie predominante são de símios.


  • O presidente, Paul Biya, está no poder desde 1982 e, em 2011, foi eleito para um novo mandato de sete anos em meio a diversas acusações de fraudes e irregularidades.Corrupção está espalhada por todos os níveis de governo - em 1998, um relatório da Transparência Internacional classificou o país onde a percepção de corrupção é a maior do mundo.No relatório de 2013, o país apareceu na posição 144 entre 177 países - quanto mais baixa a posição, maior a percepção de corrupção.                        
  • O Camarões é um país jovem, com média de idade de 18,3 anos, segundo estimativas. Cerca de 43% da população tem até 14 anos, 20% tem entre 15 e 24 anos e 30% tem entre 25 e 54 anos. Apenas 4% tem entre 55 e 64 anos e 3% acima dessa idade.

Bibliografia: 























































Maria Luíza Oliveira França
9º ano "B"








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