Localização e aspectos físicos
A República Centro-Africana (em francês: République Centrafricaine) é um país localizado à África Equatorial, sem saída para o mar. Com um território de 622.984 km², (equivalente ao estado de Minas Gerais), o país tem como vizinhos o Chade e o Sudão ao norte, Sudão do Sul a leste, Camarões a oeste e a República Democrática do Congo ao sul. E a capital é a cidade de Bangui, ademais é classificado pela DIT como um pais subdesenvolvido não industrializado.
A República consiste em savanas e abriga reservas de animais selvagens, mas também o país também inclui uma zona Sahel-sudanesa no norte e uma zona de floresta equatorial no sul. Dois terços do país estão na bacia do rio Ubangui (que desemboca no rio Congo), enquanto o terço restante está localizado na bacia do Chari, que desemboca no Lago Chade. Apresenta um clima tropical e semiárido e com um relevo, em geral, composta de planaltos.
Aspectos sociais
Conforme dados divulgados em 2010 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a República Centro-Africana possui Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,315, ocupando o 159° lugar no ranking mundial, que é formado por 169 países. Entre os vários problemas socioeconômicos estão: a maioria dos habitantes vive abaixo da linha de pobreza; a subnutrição atinge 43% da população; a taxa de mortalidade infantil é uma das mais elevadas do planeta: 103 para cada mil nascidos vivos; o índice de analfabetismo é de 52% e esperança de vida feminina ao nascer era de 48,2 anos e a do sexo masculino ao nascer era estimada em 45,1 anos em 2007. A taxa de fertilidade é de cerca de cinco nascimentos por mulher. A despesa pública em saúde foi em estimada em U$ 20 por pessoa em 2006. Havia 8 médicos por 100.000 pessoas em 2004. Despesa pública na saúde era de 10,9% das despesas totais do governo em 2006.
UMA GUERRA CIVIL: A Rebelião na República Centro-Africana em 2012-2013 é um conflito armado iniciado em dezembro de 2012 entre o Governo da República Centro-Africana e os rebeldes, muitos dos quais estiveram anteriormente envolvidos na Guerra Civil da República Centro-Africana. Os rebeldes acusaram o governo do presidente François Bozizé de não cumprir os acordos de paz assinados desde 2007.
A situação da segurança continuou precária durante junho-agosto de 2013, com relatos de mais de 200.000 pessoas deslocadas internamente, bem como as violações dos direitos humanos, incluindo o uso de crianças-soldado, estupro, tortura, execuções extrajudiciais e desaparecimentos forçados, bem como renovados combates entre Séléka e partidários de Bozizé em agosto com o presidente francês François Hollande convidando o Conselho de Segurança da ONU e a UA para aumentar os seus esforços para estabilizar o país. Em agosto, o governo da Séléka sob Djotodia foi dito estar cada vez mais dividido. O conflito se agravou no final do ano com advertências internacionais de um "genocídio". Os combates são entre o governo da República Centro-Africana da antiga coligação de grupos rebeldes Séléka, que são principalmente de minoria muçulmana (assim como o presidente Michel Djotodia) e a coalizão anti-balaka, essencialmente cristã. Em janeiro de 2014, o presidente Djotodia renunciou e foi substituído por Catherine Samba-Panza, mas o conflito permaneceu em andamento.
Confira este vídeo da ONU:
Embora cerca de 50% da população da República Centro-Africana siga o Cristianismo, a maioria desses seguidores incorporam elementos das religiões tradicionais africanas em práticas da sua fé.
Os católicos romanos e as missões protestantes estão espalhados por todo o território. O Islã é praticado principalmente no norte. Cerca de 25 por cento da população é protestante, outros 25 por cento são católicos romanos, e 15 por cento são muçulmanos. Crenças indígenas tradicionais são praticadas por cerca de 35 por cento da população como um sistema de crença primária ou exclusiva. Grupos missionários no país incluem luteranos, batistas, mórmons e as Testemunhas de Jeová.
A Constituição (suspensa desde 2003) prevê a liberdade de religião enquanto proibindo certas formas de fundamentalismo religioso. Esta proibição é considerada geralmente direcionada aos fundamentalistas muçulmanos. Feriados cristãos são celebrados como feriados nacionais. Todos os grupos religiosos devem ser registrados por meio do Ministério do Interior. A Igreja da Unificação foi proibida desde meados da década de 1980. A prática de feitiçaria é considerada uma ofensa criminal, no entanto, a ação penal é geralmente feita apenas em conjunto com outras atividades criminosas, tais como homicídio.
Confira, agora, o vídeo da BBC que mostra a perseguição, principalmente, dos cristãos por parte dos mulçumanos:
Aspectos culturais
A cultura da República Centro-Africana varia muito entre os povos e grupos étnicos. Um importante grupo étnico é composto pelos Bantus, em particular as pessoas comuns do Congo e Camarões, dividido em Myriads de pessoas muito ligadas ao grupo local. Assim, cada "grande" cidade tem o seu povo, seu idioma (próximo de sango) e uma recente história vinculada aos políticos e os seus homens de poder
A República Centro-Africana inclui muitas culturas diferentes e formas musicais. No oeste rock e música pop, assim como afrobeat, soukous e outros gêneros têm se tornado popular na escala nacional. O sanza é um instrumento popular.
Um pouco de sanza:
Música Banda: O povo Banda tem produzido alguma música popular moderna, usando um trompete devido à sua jazz estrutura.
Música pigmeu: Formalmente música pigmeu é constituída por, a maioria, apenas quatro partes e é baseada na repetição de períodos de igual duração, que cada cantor divide rítmicas utilizando diferentes valores específicos para diferentes repertórios e canções. Estilos Pigmeu incluem liquindi, ou water drumming, e instrumentos como o harpa bow (ieta), ngombi (harpa zither) e limbindi (a string bow) (Abram). O pigmeu é patrimônio oral e imaterial UNESCO
OBS.: clique aqui para ver o povo pigmeu, tendo em vista que eles, por conta da sua cultura, estão despidos
Hino nacional: La Renaissance (a renascença)
Aspectos econômicos
A República Centro-Africana é um dos países menos desenvolvidos do mundo com um PIB per capita de pouco mais de 700 dólares anuais, deficientes comunicações e um sistema educativo e de formação quase inexistente. O grosso da população dedica-se à agricultura de subsistência e a extração de produtos florestais. A agricultura é responsável por mais da metade do produto interno bruto. Para o próprio consumo cultiva-se milho, inhame, mandioca e banana. Para exportação cultiva-se café, algodão e tabaco.
O setor madeireiro, com uma exploração de recursos sem controle, constitui uma parte substancial das exportações. A extração mineral, a exceção dos diamantes, ouro e urânio, está inexplorada.
A indústria depende do setor mineiro e pequenas empresas; e o setor de serviços é, sobretudo, público. Os recursos energéticos próprios são escassos e o país depende do exterior, com exceção de algumas centrais hidroelétricas. O petróleo é importado de Camarões.
Os principais fatores que dificultam o desenvolvimento do país são sua posição central no continente, sem saída para o litoral, um sistema de transportes deficiente, uma mão-de-obra pouco qualificada, e o legado da falta de um planejamento macroeconômico. A luta entre o governo e fações rebeldes é outro complicador para a recuperação econômica. O turismo é a nova e crescente fonte de divisas
O setor madeireiro, com uma exploração de recursos sem controle, constitui uma parte substancial das exportações. A extração mineral, a exceção dos diamantes, ouro e urânio, está inexplorada.
A indústria depende do setor mineiro e pequenas empresas; e o setor de serviços é, sobretudo, público. Os recursos energéticos próprios são escassos e o país depende do exterior, com exceção de algumas centrais hidroelétricas. O petróleo é importado de Camarões.
Os principais fatores que dificultam o desenvolvimento do país são sua posição central no continente, sem saída para o litoral, um sistema de transportes deficiente, uma mão-de-obra pouco qualificada, e o legado da falta de um planejamento macroeconômico. A luta entre o governo e fações rebeldes é outro complicador para a recuperação econômica. O turismo é a nova e crescente fonte de divisas
Algodão |
Moeda: Franco CFA da África Central
Blocos comerciais: OMC, União Africana
Parceiros de exportação: Bélgica, Republica Popular da China e Indonésia
Um pouco sobre o bloco União Africana :
Curiosidades
No ano de 2015, a Republica Central Africana (RCA) recebeu a figura ilustre da Papa Francisco que estava terminando a sua viagem pelo continente africano. E este último país, foi o mais perigos e arriscado, pois estava passando por uma zona de guerra e, até mesmo, a França, antiga metrópole da RCA aconselhou a suspenção da visita do Papa ao país. Mas Francisco entendeu o lado dos africanos, uma vez que ele, trazendo esperança, resgatou este sentimento que estava, praticamente, enterrada junto com os mortos da guerra. Nesse sentido, o padre Patrick declarou: "É um homem de paz e confiamos em sua mensagem. É essencial, porque já tentamos tudo… e não funcionou".
Confira esta visita histórica:
Padre vai a mesquita pedir reconciliação
A República Centro-Africana é uma república presidencialista. O presidente é o chefe de Estado e o chefe de governo, eleito por voto popular para um período de seis anos. É ele quem indica o primeiro-ministro e preside o conselho de ministros.
Primeira presidente mulher da RCA, Catherine Samba-Panza
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Mas um problema para a República Centro-Africana (vídeo do Euronews)
“A pobreza não é um acidente. Assim como a escravização e o Apartheid, a pobreza foi criada pelo homem e pode ser removida pelas ações dos seres humanos.” (Nelson Mandela)
Matheus Silva, 9 ano B
10/05/2017
Referencias bibliográficas:
Um grande avança para o meu conhecimento sobre a República Centro-Africana
ResponderExcluirCom certeza, Matheus! Seu trabalho ficou excelente!
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