ANGOLA
LOCALIZAÇAO E ASPECTOS FISICOS
QUALIDADE DE VIDA SOCIAL
Angola situa-se na costa do Atlântico Sul da África Ocidental, entre a Namíbia e o Congo. Também faz fronteira com a República Democrática do Congo e a Zâmbia, a oriente. O país está dividido entre uma faixa costeira árida, que se estende desde a Namíbia até Luanda, um planalto interior húmido, uma savana seca no interior sul e sudeste, e floresta tropical no norte e em Cabinda. O rio Zambeze e vários afluentes do rio Congo têm as suas nascentes em Angola. A faixa costeira é temperada pela corrente fria de Benguela. Existe uma estação das chuvas curta, que vai de Fevereiro a Abril. Os verões são quentes e secos, os invernos são temperados. As terras altas do interior têm um clima suave com uma estação das chuvas de Novembro a Abril, seguida por uma estação seca, mais fria, de Maio a Outubro. As altitudes variam, em geral, entre os 1.000 e os 2.000 metros. As regiões do norte e Cabinda têm chuvas ao longo de quase todo o ano.
Angola é atravessada por importantes rios que descem do interior em vales profundos, alargando-se depois nas proximidades do oceano, formando baías e portos naturais, como os de Luanda, Lobito e Namibe.
A configuração hidrográfica de Angola está intimamente ligada ao seu relevo. Os rios têm origem nas zonas montanhosas e planálticas do interior e correm para as regiões mais baixas. Na sua maioria, os leitos são irregulares — não faltando as quedas de água, as cachoeiras e os rápidos — apresentando margens mais largas nas zonas costeiras.
De entre os principais rios angolanos, existem quatro vertentes distintas de escoamento das águas
As principais bacias hidrográficas são (de Norte para Sul e de Oeste para Leste) as dos rios Zaire, Mbridge, Cuanza (a maior), Queve, Cunene e Cuando. O principal lago existente em território angolano é o lago Dilolo, seguido das lagoas do Panguila e da Muxima. O maior (cerca de 1000 km de extensão) e mais navegável rio de Angola é o Cuanza.
Existem várias queda de água e rápidos em rios como Mbridge, Cambambe, Cuanza, Ruacaná, destacando-se as grandes Quedas do Calandula, com mais de 100 metros de altura no Lucala, afluente do Cuanza.
CLIMA
Angola, apesar de se localizar numa zona tropical, tem um clima que não é caracterizado para essa região, devido à confluência de três factores:
- A Corrente de Benguela, fria, ao longo da parte sul da costa;
- O relevo no interior;
- Influência do Deserto do Namibe, a sudoeste.
Em consequência, o clima de Angola é caracterizado por duas estações: a das chuvas, de Outubro a Abril e a seca, conhecida por Cacimbo, de Maio a Agosto, mais seca, como o nome indica e com temperaturas mais baixas. Por outro lado, enquanto a orla costeira apresenta elevados índices de pluviosidade, que vão decrescendo de Norte para Sul e dos 800 mm para os 50 mm, com temperaturas médias anuais acima dos 23 °C, a zona do interior pode ser dividida em três áreas:
- Norte, com grande pluviosidade e temperaturas altas;
- Planalto Central, com uma estação seca e temperaturas médias da ordem dos 19 °C;
- Sul com amplitudes térmicas bastante acentuadas devido à proximidade do Deserto do Kalahari e à influência de massas de ar tropical.
VEGETAÇÃO
Perigos naturais - chuvas locais fortes causam inundações periódicas no planalto
Ambiente - problemas actuais - excessivo uso de pastagens e consequente erosão dos solos, atribuível a pressões populacionais; desertificação; desflorestação de florestas úmidas tropicais em resposta quer da procura internacional por madeiras tropicais, quer do uso doméstico para combustível, resulta em perda de biodiversidade; erosão dos solos contribui para a poluição aquática e para a siltação de rios e barragens; abastecimentos inadequados de água potável
Ambiente - acordos internacionais
- é parte de - Biodiversidade, Mudanças Climáticas, Desertificação, Lei do Mar, Protecção da Camada de Ozono, Poluição Provocada por Navios
- assinou mas não ratificou nenhum dos acordos seleccionados
Geografia - nota - a província de Cabinda é um enclave, separado do resto do país pela República Democrática do Congo
EDUCAÇAO
Apesar destes avanços, a situação continua até hoje pouco satisfatória. Enquanto na lei o ensino em Angola é compulsório e gratuito até aos oito anos de idade, o governo reporta que uma percentagem significativa de crianças não está matriculada em escolas por causa da falta de estabelecimentos escolares e de professores. Os estudantes são normalmente responsáveis por pagar despesas adicionais relacionadas com a escola, incluindo livros e alimentação. Ainda continua a ser significante as disparidades na matrícula de jovens entre as áreas rural e urbana. Em 1995, 71,2% das crianças com idade entre 7 e 14 anos estavam matriculadas na escola. É reportado que uma percentagem maior de rapazes está matriculada na escola em relação às raparigas Durante a Guerra Civil Angolana (1975-2002), aproximadamente metade de todas as escolas foi saqueada e destruída, levando o país aos actuais problemas com falta de escolas. O Ministro da Educação contratou 20 mil novos professores em 2005 e continua a implementar a formação de professores. Os professores tendem a receber um salário baixo, sendo inadequadamente formados e sobrecarregados de trabalho (às vezes ensinando durante dois ou três turnos por dia). Professores também reportaram suborno directamente dos seus estudantes. Outros factores, como a presença de minas terrestres, falta de recursos e documentos de identidade e a pobre saúde também afastam as crianças de frequentar regularmente a escola. Apesar dos recursos alocados para a educação terem crescido em 2004, o sistema educacional da Angola continua a receber recursos muito abaixo do necessário. A taxa de alfabetização é muito baixa, com 67,4% da população acima dos 15 anos que sabem ler e escrever português. Em 2001, 82,9% dos homens e 54,2% das mulheres estavam alfabetizados. Desde a independência de Portugal, em 1975, uma quantidade consideráveis de estudantes angolanos continuaram a ir todos os anos para escolas, instituições politécnicas e universidades portuguesas, brasileiras, russas e cubanas através de acordos bilaterais.
ECONOMIA
A economia de Angola caracterizava-se, até à década de 1970, por ser predominantemente agrícola, sendo o café sua principal cultura. Seguiam-se-lhe cana-de-açúcar, sisal, milho, óleo de coco e amendoim. Entre as culturas comerciais, destacavam-se o algodão, o tabaco e a borracha. A produção de batata, arroz, cacau e banana era relativamente importante. Os maiores rebanhos eram de gado bovino, caprino e suíno.
Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, petróleo e minério de ferro; possui também jazidas de cobre, manganês, fosfatos, sal, mica, chumbo, estanho, ouro, prata e platina. As minas de diamante estão localizadas perto de Dundo, no distrito de Luanda. Importantes jazidas de petróleo foram descobertas em 1966, ao largo de Cabinda, e mais tarde ao largo da costa até Luanda, tornando Angola num dos importantes países produtores de petróleo, com um desenvolvimento económico possibilitado e dominado por esta actividade. Em 1975 foram localizados depósitos de urânio perto da fronteira com a Namíbia.
As principais indústrias do território são as de beneficiamento de oleaginosas, cereais, carnes, algodão e tabaco. Merece destaque, também, a produção de açúcar, cerveja, cimento e madeira, além do refino de petróleo. Entre as indústrias destacam-se as de pneus, fertilizantes, celulose, vidro e aço. O parque fabril é alimentado por cinco usinas hidroeléctricas, que dispõem de um potencial energético superior ao consumo.
O sistema ferroviário de Angola compõe-se de cinco linhas que ligam o litoral ao interior. A mais importante delas é a estrada de ferro de Benguela, que faz a conexão com as linhas de Catanga, na fronteira com o Zaire. A rede rodoviária, em sua maioria constituída de estradas de segunda classe, liga as principais cidades. Os portos mais movimentados são os de Luanda, Lobito, Benguela, Namibe e Cabinda. O aeroporto de Luanda é o centro de linhas aéreas que põem o país em contacto com outras cidades africanas, europeias e americanas.
A investigação na área da pobreza requer não só o estudo da distribuição dos rendimentos, das carências e privações, das suas causas e consequências e da identificação das categorias sociais mais susceptíveis de serem afectadas por este fenómeno, mas igualmente das práticas quotidianas que se estabelecem, de forma a ultrapassar os constrangimentos que enfrentam. É nesse contexto que se insere a importância da investigação sobre os modos de vida da pobreza.
2A investigação alargada no domínio da pobreza é recente em Angola. O conflito armado que assolou o país desde a independência (1975-2002) não permitiu a elaboração aprofundada de muitos estudos sobre a pobreza. Porém, a dinâmica que caracteriza este fenómeno e as alterações sociais que diariamente se registam, levam a que os conceitos aqui apresentados estejam em permanente mutação. Assim, começamos esta apresentação com uma avaliação e interpretação dos indicadores sociais que caracterizam a pobreza em Angola, bem como da identificação das categorias sociais mais vulneráveis a esse fenómeno. Tendo por base as investigações de Luís Capucha [2005], segue-se a descrição teórica dos modos de vida da pobreza e sua respectiva identificação no contexto angolano.
CULTURA E CURIOSIDADES
A cultura angolana é por um lado tributária das etnias que se constituíram no país há séculos - principalmente os Ovimbundu, Ambundu, Bakongo, Côkwe e Ovambo. Por outro lado, Portugal esteve presente na região de Luanda e mais tarde também em Benguela a partir do séculos XVI, ocupando o território correspondente à Angola de hoje durante o século XIX e mantendo o controle da região até 1975. Esta presença redundou em fortes influências culturais, a começar pela introdução da língua língua portuguesa e do cristianismo. Esta influência nota-se particularmente nas cidades onde hoje vive mais de metade da população. No lento processo de formação uma sociedade abrangente e coesa em Angola, que continua até hoje, registam-se por tudo isto "ingredientes" culturais muito diversos, em constelações que variam de região para região.
O continente africano é considerado como o berço da humanidade. O território do actual estado angolano, é habitado desde o Paleolítico Superior, como indica a presença dos numerosos vestígios desses povos recolectores dos quais se deve salientar a existência de numerosas pinturas rupestres que se espalham ao longo do território. Os seus descendentes, os povos San ou Khm, também conhecidos pela palavra bantu mukankala (escravo) foram empurrados pelos invasores posteriores, os bantu, para as areias do deserto do Namibe. Estes povos invasores, caçadores, provinham do norte, provavelmente da região onde hoje estão a Nigéria e Camarões. Em vagas sucessivas, os povos bantu começaram a alcançar alguma estabilização e a dominar novas técnicas como a metalurgia, a cerâmica e a agricultura, criando-se a partir de então as primeiras comunidades agrícolas. Esse processo de fixação vai até aos nossos dias, como é o caso do povo Côkwe ou Kioko, que em pleno século XX se espalhou pelas terras dos povos designados como Ganguela.
CURIOSIDADES
2. O país viveu uma guerra civil de 1975 até 2002, com alguns intervalos. O conflito armado, iniciado logo após Angola ter se tornado independente de Portugal, foi uma disputa pelo poder entre dois antigos movimentos de libertação, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).
3. O Brasil foi o primeiro a reconhecer oficialmente a independência de Angola em 11 de novembro de 1975, data de sua proclamação.
4. Angola passou de um sistema monopartidário marxista-leninista, baseado em uma economia estatal, para uma democracia multipartidária e economia de mercado depois das eleições de 1992.
5. A língua oficial é o português, mas algumas regiões têm o estatuto de línguas nacionais, sendo as mais faladas: Kikongo, Kimbundo, Tchokwe, Umbundo, Mbunda, Kwanyama, Nhaneca, Fiote, Nganguela etc.
6. O principal rio de Angola é o Kwanza, nome que batiza a moeda nacional, o qual possui 1 mil km de longitude, mas apenas 240 km são navegáveis.
7. Um dos estilos musicais mais populares em Angola é o semba, palavra que significa umbigada. Outro gênero de música e dança que vem se destacando no país desde a década de 1980 é o Kuduro, estilo influenciado inclusive pelo semba.
8. Escravos capturados em Angola levaram a capoeira ao Brasil. Os angolanos desenvolveram a prática como um método de defesa contra os senhores violentos. Como no Brasil colonial os escravos precisavam disfarçar os treinamentos, eles deram a aparência de música e dança recreativa à capoeira.
9. Angola não possui Código de Endereçamento Postal, o conhecido CEP. Os carteiros fazem a entrega de correspondências apenas com base em referências e a ajuda da vizinhança. Em setembro deste ano, os Correios de Angola anunciaram a implementação do CEP até 2017.
10. O antílope gigante ou palanca-negra-gigante (Hippotragus niger variani) é uma subespécie rara de antílope que existe apenas em Angola e está à beira da extinção. É um símbolo nacional do país e os angolanos têm grande respeito por esse animal, o qual, segundo a mitologia africana, simboliza a vivacidade, a velocidade e a beleza. Os jogadores da seleção nacional de futebol são conhecidos como os “palancas negras”.
REFERENCIAS BIOGRAFICAS :https://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_de_Angola#Bibliografia
http://tvbrasil.ebc.com.br/novelawindeck/post/10-dados-e-curiosidades-sobre-angola
https://ras.revues.org/457
https://pt.wikipedia.org/wiki/Angola#Economia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_de_Angola#Bibliografia
9 ANO A
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